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Unknown
às
12:03
domingo, 13 de janeiro de 2013
Agora ficou claro o motivo pelo qual todos os meus possíveis relacionamento e “cazinhos" foram sempre reduzidos a “apenas mais um”. É que na verdade esse pessoa aparentemente forte que vós fala leva consigo toda intensidade do mundo aqui dentro as dores são sempre mais doidas
(Larissa Marques)
Postado por
Unknown
às
12:20
PAUSA
Mário Quintana
Quando pouso os óculos sobre a mesa para uma pausa na leitura de
coisas feitas, ou na feitura de minhas próprias coisas, surpreendo-me a
indagar com que se parecem os óculos sobre a mesa.Com algum inseto de grandes olhos e negras e longas pernas ou antenas?
Com algum ciclista tombado?
Não, nada disso me contenta ainda. Com que se parecem mesmo?
E sinto que, enquanto eu não puder captar a sua implícita imagem-poema, a inquietação perdurará.
E, enquanto o meu Sancho Pança, cheio de si e de senso comum, declara ao meu Dom Quixote que uns óculos sobre a mesa, além de parecerem apenas uns óculos sobre a mesa, são, de fato, um par de óculos sobre a mesa, fico a pensar qual dos dois – Dom Quixote ou Sancho? – vive uma vida mais intensa e, portanto mais verdadeira…
E paira no ar o eterno mistério dessa necessidade da recriação das coisas em imagens, para terem mais vida, e da vida em poesia, para ser mais vivida.
Esse enigma, eu o passo a ti, pobre leitor.
E agora?
Por enquanto, ante a atual insolubilidade da coisa, só me resta citar o terrível dilema de Stechetti:
“Io sonno um poeta o sonno um imbecile?”
Alternativa, aliás, extensiva ao leitor de poesia…
A verdade é que a minha atroz função não é resolver e sim propor enigmas, fazer o leitor pensar e não pensar por ele.
E daí?
– Mas o melhor – pondera-me, com a sua voz pausada, o meu Sancho Pança – , o melhor é repor depressa os óculos no nariz.
Postado por
Unknown
às
06:58
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Ele : _Sua medrosa.
Ela:_ Sou mesmo e daí? os medrosos não choram.
Ele :_ E daí que os medrosos não vivem.
Foi a primeira vez que a menina faleideira ficou sem voz,ouvir aquelas palavras foi como receber um chute no estomago.
(Larissa Marques)
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