"O doce veneno de Capitu"

domingo, 15 de maio de 2011


E então a vida a encara e sorri ironicamente dizendo: vamos conhecer o seu limite? É um desafio, como tal  provoca lá no fundo e ela aceita. Quando vejo, olha ela aqui, testando e descobrindo o íntimo mais íntimo do que é, do que pode ser e até do que gostaria de ser. E oscila da calmaria à tempestade, exagerando em cada segundo. Porque está se testando da maneira mais cruel que poderia fazer, colocando o dedo no espelho e se pondo à prova da capacidade de ir mais além. Vamos explorar as demais facetas da mocinha e da vilã  de dentro, misturá-las e ver no que dá. Ah, quantas insanidades, quantos conceitos prontos, poesias, coisas definidas, coisas inacabadas, fins não tão finalizados. Que garota cheia, que garota vazia, que garota... Meu Deus, QUE GAROTA!
Olhos de ressaca, tão dissimulada. tão misteriosa. Dom Casmurro voltaria a ser o ingênuo Bentinho se a visse. Bentinho se tornaria Dom Casmurro se a reconhecesse. A personificação da atemporalidade, no corpo de uma mulher, de uma menina, sabe-se lá no corpo de quê! Sabe-se só que é ela, sem dúvidas. Chego a pensar que são elas, espalhadas, perdidas, irreconhecíveis, imprevisíveis. Capitu... Capitolinas... 
E ela passa por você, movendo os ventos, as marés e possivelmente as placas tectônicas. E ninguém percebe. Ninguém vê o quanto ela borbulha. Ninguém lê o que ela realmente está escrevendo. Ninguém escuta o que ela diz de verdade. Ninguém nunca vai entender garotas assim, do tipo que é, e muitas vezes, como agora, não sabe o que é ser.


(Dom casmurro-Machado de Assis)


Passou no teste Larissa de qualidade ...ataaa ! grandes coisa ! kkkkk mais fica a dica

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